(APRESENTAÇÃO da AUTORA)
"O Patinho Feio…"
Prospera com as Estações do Ano.
Era uma vez...Não é assim que começam todas as histórias?
Porém, não é com esse contexto a preceito, que eu me debruço neste trabalho, mas sim,
criar um paralelo entre o ser humano e a
personagem do conto infantil "O Patinho Feio"... Bem como, em todas as minhas aulas de Artes
Plásticas, que são ministradas à imagem de outros contos clássicos (histórias adaptadas ao momento e circunstância), dirigidos às crianças e ensinam aos adultos, o quanto é importante, "saber ver com o coração" e que basta olhar em redor...
Quando conheci o interior da Instituição, deparei-me com a presença de meninos Indignados, mas como qualquer outra criança, Idealizam o grandioso “Cisne” em que se querem transformar.
(E tal como Hans Christian Andersen, eu e todos…) De um modo ou outro, constantemente encarnamos a personagem do “Patinho Feio”, projectando altos voos como as aves que se elevavam no céu, tentando esquecer as mágoas que oprimem o espírito.
Também pretendi conduzir a humanidade a uma realidade ilustrada, ou seja, à consciência, á responsabilidade pelas posturas e atitudes que vimos repetindo ao longo da existência, e, de tão retrógradas que são, que nos esquecemos da importância real do Ser Humano.
O tema do "Patinho Feio" que Prospera com as Estações do Ano, representa; uma auto-estima pouco valorizada, inseguro da sua própria identidade, ameaçado, rejeitado… O sentimento diminuído é pelo facto de não ser suficientemente bom, perante si próprio e os demais, como “uma aberração”.
O Cisne adulto representa: a determinação, a elevada auto-estima, a prosperidade intelectual e espiritual que vai brotando como a natureza, ao longo das Estações do Ano.
Neste contexto, as suas Asas simbolizam o lado corpulento e o poder que daí advém.
Enquanto adulto, esbelto e robusto… potente para altos e prolongados voos, é contemplado e todos procuram a sua amizade!
O que assalta ao espírito se observarmos este Cisne, não é a imponência e a elegância, mas sim, a simplicidade. Não será motivo de orgulho para um coração bondoso. O desejo é permanecer em tranquilidade, pois sabe que o vigor não dura eternamente.
Esta iniciativa foi o estímulo para concretizarmos mais uma Exposição de Artes Plásticas, com o tema "Novos Horizontes" a 19 de Março de 2008. Inserida na anual Festa de S. José, padroeiro da Instituição, Dia do Pai e em homenagem a D. Domingos da Silva Gonçalves, fundador das Oficinas de S. José, em Guimarães, no ano de 1915. É também o habitual reencontro com os antigos Alunos, que regressam no inicio da Primavera ao “Lago” que os acolheu.
Forte razão que me incentivou a apresentar o dossier deste trabalho colectivo, na expectativa da sua publicação. Que para além da possibilidade de mais uma angariação de fundos, (Os lucros desta edição, revertem a favor da referida Instituição), o objectivo é divulgar o método de uma Instituição de Solidariedade, que preserva os valores, Morais e Familiares.
E mostrar aos jovens que é normal terem de enfrentar as contrariedades da vida, o importante é superar a condição, acreditando nas competências pessoais, sem permitir que qualquer razão os leve a menosprezar.
Nunca parem de sonhar... E sejam CISNES!
CISNES que olham o seu reflexo nas águas do Lago do aconchego.
Esse Reflexo é a parte do Conhecimento que nunca se deve renunciar. É ele que nos impulsiona para a VIDA, dentro ou fora dos SONHOS! Deixando viver a criança que existe dentro de nós… Se acreditarmos com o coração e sem vacilar, todos os sonhos se podem concretizar.
(Apresentação de Luzia Ferreira Teixeira a 22/03/2009)
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